segunda-feira, 25 de julho de 2011

Últimos dias: Neve












free counters
Finalmente íamos conhecer a neve. Deixar pros últimos dias foi proposital: como estávamos levando dois filhos adolescentes todo cuidado era pouco pois como eles adoram andar de skate e patins fiquei um pouco preocupada com os excessos. Então melhor prevenir que remediar: se algum pequeno acidente acontecesse, não atrapalharia os nossos passeios. Mas, felizmente, foi apenas cuidado de mãe, nem gripe nós pegamos,rsrsrs.
Depois de algumas pequisas acabamos decidindo pelo tour que o hotel nos oferecia, da Turistour. Marcamos a visita ao Valle Nevado e Farellones.
Entramos no micro-ônibus com 10 min de atraso pois o rapaz que marcou para nós o tour falou errado o horário. E já começou nesse momento um pouco de tensão. Acabamos entrando no micro meio chateados...
Passamos numa loja(Ski cheap) para alugar as roupas e comprar lanches numa lojinha próxima.Acabamos alugando mais roupas que precisávamos, não íamos esquiar e nossas roupas eram suficientes, bastavam botas adequadas pra andar na neve.Mas valeu pela experiência.
Depois de muitas curvas paramos um pouco pra acostumar com a altitude. Não senti nada, logo eu que enjôo sempre que desço a Serra do Mar ,ou brinco em algum balanço.
Depois de 60 curvas chegamos ao belo Valle Nevado, só pra fotografar. Um local muito lindo mesmo mas caro demais...
Voltamos pro micro e fomos então a Farellones.Mas antes de chegar em nosso destino, paramos pra brincar com sacos plásticos de skibunda em um local que tinha várias pessoas paradas.Foi o melhor momento do passeio!!!
Finalmente chegamos a Farellones. O guia nos disse que quem quisesse fazer tubing(bóias tipo skibunda) teria que pagar pra ele em cash e aguardar no ônibus. Demorou um bom tempinho até que ele finalmente voltou com os ingressos. Prefirimos deixar os meninos brincar nas bóias e fomos a um restaurante. Foi o tempo de comer umas empanadas e tomar duas cervejas e já estava na hora de voltar.Decididamente não gosto de excursões mas neste caso nos pareceu a melhor opção.
Voltamos com aquela sensação que algo estava faltando e o Re decidiu: vou alugar um carro e amanhã a gente volta.


Fizemos então isso, pedimos ajuda pro porteiro do hotel e alugamos um carro na Just rent a car. Vimos que se entregássemos no aeroporto( no dia de nosso retorno), no outro dia pagaríamos 8.000 pesos a mais, ou seja, bem menos que o táxi.
E assim fizemos. Passamos novamente na lojinha de aluguel de roupas, alugamos apenas as botas, um snowboard( que já tem botas) e um skibunda. Conseguimos um desconto de 7.000 pesos por ter mostrado as notas do aluguel no dia anterior(e olha que chileno é muito ruiiiimmm de dar descontos)...Alugamos também as correntes, que são obrigatórias e fomos ao supermercado do lado esquerdo da lojinha, compramos água, sandubas, bananas e muiiitoooo chocolate. Já falei como é ma-ra-vi-lho-so o chocolate
Golden Nuss com amêndoas inteiras??? Quero mais!!!
Antes de chegar a subida da montanha fomos parados pela polícia rodoviária para apenas ver as correntes.
Subimos bastante a montanha, visitamos a vila de Farellones e subimos além num local de belas casas e outras pistas de ski, não sei exatamente onde era, mas não era o Valle Nevado, pois ele fica em outra bifurcação. Voltamos então pra pista do Valle Nevado e fomos brincar junto com os santiaguinos e todos que vão nas pistas feitas pela própria natureza, rsrsrsr, sem luxo mas com muita diversão...
Depois ainda voltamos a Farellones e fomos tomar um cafezinho acompanhado de empanadas bem quentinhas...
E assim foi nosso último passeio à belíssima montanha de neve.

domingo, 24 de julho de 2011

Sexto dia:Mercado, Teatro,Parque O'Higgins







free counters
No nosso sexto dia trocamos a neve por outros passeios, ainsa não sabíamos bem de que forma íamos à montanha e resolvemos então pesquisar um pouco mais.
Retornamos ao Mercado pra almoçar pois meu filho mais velho não havia ido no primeiro dia, descemos na estação Puente Cay e Canto, mas saímos no sentido contrário do Mercado, só pra explorar a região e tivemos duas gratas surpresas: a vista da Cordilheira dos Andes estava perfeita e vimos um Teatro, Museu ou algo assim.Ainda vou pesquisar que local é aquele, só sei dizer que a arquitetura, externa e interna é belíssima.
De lá seguimos em frente em direção ao Mercado. Almoçamos e seguimos em direção ao Parque O' Higgins, um parque enorme, menor que nosso Parque da Cidade, daqui de Brasília, mas bem bonito. Seguimos até a Fantasilândia, compramos os ingressos e deixamos nossos meninos se divertindo lá. Fomos explorar um pouco o parque, saímos demos umas voltas na região próxima ao parque( mais uma vez só achamos café solúvel, humpf...).
Esperamos os meninos na saída da Fantasilândia e fomos em busca do Skate Parque pois meu filho havia levado seu skate pra conhecer as pistas chilenas. Estava cheio de pessoas de todas idades andando de skate: jovens, coroas e crianças. Muito bacana ver como no Chile as pessoas se misturam mais, tem menos preconceitos...pelo menos nas pistas de skate que levo meu filho aqui no Brasil só vejo jovens da faixa estária dele, nem coroa, nem crianças.
Voltamos mais cedo pra decidir finalmente como seria nosso primeiro dia de neve. Antes passamos numa lanchonete deliciosa chamada Pizza Nápoli, que além de massas, sandubas tem pratos com carne e uma cafeteria...viramos freguezes(ainda voltaríamos lá mais duas vezes, rsrsrs).

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Quinto dia: Cerro Santa Lúcia e Vinícola Concha Y Toro











free counters
Nosso quinto dia amanheceu com uma chuvinha gelada. Pegamos o metrô e fomos direto pra estação Santa Lúcia, conhecer o cerro do mesmo nome. Aprendi que saindo pela San Isidro você sai direto numa feirinha bem legal mas meu marido acabou decidindo ir pela Miraflores e fiquei sem as comprinhas...mas tudo bem, humpf...
Logo na entrada tinha dois guardas e dois cachorros(de rua) daqueles grandões que tem por lá. Assinamos o livro de entrada e começamos a subida de inúmeras escadas até o topo, com várias pracinhas e lugares pra descansar. Achei um pouco mal cuidado, não estava sujo, mas achei com pouca manutenção e muita pichação, uma pena. A vista de lá não é tão bela quanto ao Cerro San Cristobal, mas foi interessante. Na volta, tentei tomar um café numa lanchonete numa das pracinhas mas mais uma vez tinha apenas café solúvel: "não temos café em grãos", disse o vendedor em espanhol...Que pena...estava bem friozinho.
Numa das saídas encontramos uma feira de produtos bem típicos do chile, um senhor estava tocando uma espécie de flauta( ocarina) e meus filhos pegaram outras e conseguiram acompanhá-lo em alguns clássicos. Que orgulho tenho dos meus jovens garotos!!!
Compramos algumas coisas típicas, uma ocarina e saímos pra bater perna, em busca de um tal Parque Florestal que acabamos descobrindo que se trata de uma praça, no nosso conceito e não parque.
Depois fomos até o Passeo Huéfarnos, tomei um capuccino no Café Haiti(café con piernas) onde as garotas vestem micro vestidos(nenhum escândalo pra nós brasileiros), mas com muita fumaça de cigarro. Comprei duas meias calças num ambulante por apenas 1000 pesos( meias excelentes que aqui custariam no mínimo 20 reais).Almoçamos num pequeno restaurante, uma comida italiana e partimos em direção pro nosso próximo destino: Concha Y Toro.
Fomos de metrô até a estação La Mercedes, li que poderia descer na próxima e última mas dentro do metrô um jovem chileno nos disse que era melhor na La Mercedes. Logo vi O Mac Donald´s onde tem um ponto de ônibus mas acabamos resolvendo ir de táxi por 2.500 pesos.
Chegamos à vinícula acabamos decidindo fazer o tour completo pois os meninos não pagariam nada(menores de dezoito anos).
O tour inicia observando as plantações e depois degustamos um vinho, entramos na adega e por fim ouvimos e vemos o "diabo" rsrsrs...
Daí fomos pro nossa segunda parte, a maioria das pessoas fez só a primeira: aprendemos um pouco sobre vinho, degustamos mais quatro vinhos.
Passamos depois na lojinha da Concha Y Toro mas achamos tudo muito caro, compramos apenas chaveiros, canetas e um cachecol.
Não tinha nenhum táxi na nossa saída então fomos ao ponto de ônibus e sem esperar muito pegamos um micro-ônibus.
Descemos na La Mercedes de novo pois meus filhos queriam comer "frango frito" na lanchonete KFC. Muita gordura pra mim mas eles adoraram. Fomos numa loja ao lado que estava em liquidação e compramos blusas e casacos de frio por 20 e 60 reais.
Pegamos exaustos o metrô de volta pro nosso hotel pra nos prepararmos pra nossa próxima aventura: NEVE!!!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Quarto dia: Viña del Mar e Valparaízo





















free counters
No nosso quarto dia resolvemos conhecer duas cidades à beira do Pacífico. Fomos até a estação de metrô Universidade de Santiago, saímos pela saída e sul e rapidamente encontramos as empresas Pulmam e Turbus. Alí mesmo haviam várias garotas tentando vender pacotes pra essa cidade mas já estávamos decididos de ir de ônibus, por conta própria.Escolhemos a Turbus e pagamos 3.200 pra ida e 2.400 pra volta. Não marcarmos a volta, deixamos pra decidir isso lá mesmo.
Chegando em Valpo acabamos decidindo pegar uma excursão de Van, a Rodtour. Pagamos 12.000 pra cada.
Nosso grupo se compunha de onze pessoas. Começamos o tour num dia complicado pois era Dia do Bombeiro, que lá é um trabalho voluntário, e as ruas estavam cheias de carros e pessoas. A cidade me lembrou muitas vezes nossas cidades Santos e São Vicente, antiga, um pouco desorganizada mas bem pitoresca. Mas essa impressão logo muda quando o guia começa a subir as enormes ladeiras. Paramos várias vezes pra admirar, ouvir as explicações do senhor Luiz em algum Cerro que não lembro o nome. Ele nos mostrou um funicular desativado pelo fato de passar perto demais das janelas das casas, rsrsrs.
Fomos então até La Sebastiana, uma das casas de Pablo Neruda, e como era domingo tivemos a sorte de conhecer o museu sem pagar nada, pena que não pode fotografar por dentro.Mas valeu muito conhecê-la uma casa que por si só conta a história de uma época. Impecáveis os objetos, a decoração e as vistas que se tem a cada andar que vamos subindo.
Na saída fomos até a praça dos poetas onde tem estátuas de poetas famosos do Chile e mais uma feirinha...
Fomos então até o Porto, estava nublado demais e lá tinha uma feirinha de artesanato com produtos bem mais caros que de Santiago. Acabei não comprando nada, aliás só um café expresso.Senti muita falta de nosso cafezinho, em vários lugares quando queria comprar café só encontrava uma garrafa térmica e café solúvel ecaaaaaaa....
Fomos então em mais alguns prédios públicos, monumentos, passamos pelo Corpo de Bombeiros e seguimos direto pra Viña.
Primeiro conhecemos o famoso relógio de flores que tem muito a ver com o Brasil e futebol.
Passamos pela orla e fomos escolher um restaurante. Fizemos nossos pedidos e o Re e o Leandro foram caminhar na areia enquanto eu e o Henrique esperávamos os pedidos. Lá o Re encontrou uma alga enorme e fotografou.
Almoçamos e fomos até a beira do mar, o Re precisava molhar os pés no Pacífico nada pacífico. Conforme relato dele foi a água mais gelada da vida dele, ganhou até do Canadá...rsrsrs...bem feito!!!
Da praia fomos conhecer o Cassino de Viña, depois um anfiteatro que tem festivais de música e que já passou por um terremoto. O guia nos mostrou as placas de rua mostrando por onde fugir caso haja tsunani, cruzes, melhor nem pensar!!!
Fomos então conhecer um Moai, mas já estava anoitecendo e as fotos não ficaram boas. De lá fomos pra porta de um estádio mas preferimos ir até um laguinho próximo.
Já estava escuro quando retornamos pra rodoviária. Como tínhamos ainda uma hora pra pegar o ônibus de volta a Santiago, fomos até um enorme Supermercado tomar um lanchinho e mais uma Cristal.
E por fim vamos à tradução de um poema de Pablo Neruda:


O SEBASTIANA''A''

E O construiu a casa. Fiz isso primeiro ar. Então eu fui até a bandeira no ar e fica pendurado no céu, a estrela de clareza e obscuridade.






Cimento, ferro, vidro,
eram a fábula,
vale mais do que o trigo e ouro,
tinha que encontrar e vender,
e assim se tornou um caminhão
para baixo sacos
e sacos,
a torre pegou no chão duro
, mas não o suficiente, disse o construtor,
falta cimento, vidro, ferro, portas,
e não dormir à noite.

Mas crescendo,
crescendo as janelas
e baixo,
para acertar a papelada
e atacar com o joelho e ombro
ia crescer para se tornar,
até que você possa olhar pela janela,
e parecia tão saco
poderia ter um telhado e subir
e pegar no final, a bandeira
ainda estava com as cores do céu.

Dediquei-me às portas mais baratas
para aqueles que tinham morrido
e sido expulsos de suas casas,
portas sem paredes, quebrado,
empilhados em demolições,
portas e sem memória,
sem chave de memória,
e eu disse: "Vinde
a mim, perdeu Harbor:
eu lhe darei casa e parede
e batidas da mão,
oscilaréis novamente abrindo a alma
de Matilda sono custodiaréis
com as duas asas que voaram o seu ".

Em seguida, a pintura
também veio lamber as paredes,
vestiu de azul e rosa
para ser colocado para dançar.
Então a dança torre,
cantam as escadas e portas,
tocando até a casa para o mastro,
mas nenhum dinheiro:
pregos em falta,
faltando travas, fechaduras, mármore.
No entanto, a casa
continua a subir
e algo acontece, um pulso
circula nas artérias,
é talvez um serrote que navega
como um peixe na água em sonhos
ou prurido martelo
Aleve condor carpinteiro
mesas de pinho pisar.

Algo acontece ea vida continua.

A casa cresce e fala,
fica de pé,
tem roupas penduradas em um andaime,
e como a primavera pelo mar
nadando mar ninfa como
beijando a areia de Valparaíso

e não a pensar: esta é a casa:

e tudo o que resta será azul,

o que precisamos é a florescer.

E este é o trabalho da mola.




Site desenvolvido por SISIB - UNIVERSIDADE DO CHILE